Terça, 04 Fevereiro 2025

GENEBRA E RIO – O escândalo de fraude envolvendo licitações da Petrobras coloca a empresa em uma saia justa. Isso porque a companhia foi escolhida pela ONU para fazer parte do conselho executivo de uma iniciativa que pede que empresas de todo o mundo lutem contra a corrupção. A iniciativa, chamada de Global Compact, ainda inclui princípios de luta contra a pobreza e pelos direitos humanos.

No início da semana, a Polícia Federal prendeu suspeitos de envolvimento nas fraudes em licitações da Petrobras, incluindo funcionários da estatal acusados de participar do esquema. A PF acredita que a quadrilha seja a ponta de um grande esquema de fraudes, já que envolve licitações para de plataformas de exploração petrolíferas. A Petrobras já afastou os funcionários envolvidos no escândalo. Mas os problemas não deixam de ser notados na ONU pelos funcionários do Global Compact. Hoje, 4 mil empresas fazem parte do programa.

A ONU prevê que empresas que estejam no plano criem programas de combate à corrupção e que, de alguma forma, sejam um exemplo às demais. Por sua posição de destaque, a Petrobras foi convidada a fazer parte do conselho executivo do grupo e é a única empresa latino-americana nessa posição.

Na semana passada, em Genebra, o Global Compact deixou claro que 500 empresas foram retiradas da iniciativa no ano passado por não cumprirem com os princípios. Mas grandes escândalos de corrupção nos últimos meses, envolvendo tanto a Siemens como a Volkswagen, não foram punidos pela ONU.

DEBORAH SECCO

O pai da atriz Deborah Secco, Ricardo Secco, está entre os presos pela Operação Águas Profundas. Segundo a assessoria de Deborah, a atriz não vai se pronunciar sobre o assunto.

Anteontem, a PF prendeu 13 pessoas durante a operação, entre elas três funcionários da estatal – Carlos Alberto Pereira Feitosa (coordenador da comissão de licitação), Carlos Heleno Netto Barbosa (gerente geral da unidade de serviços e sondagem semi-submersíveis) e Rômulo Miguel de Morais (gerente de plataforma). A Polícia Federal ainda procura cinco suspeitos.

O advogado Ruy Castanheira atuava como operador contábil do esquema de fraudes da Petrobras e empregava o mesmo modus operandi em outro esquema, que realizava fraudes envolvendo ONGs e empresas-fantasmas. Esse mesmo esquema de ONGs inviabilizou a candidatura de Anthony Garotinho à Presidência em 2006. O pai da atriz tinha ingerência sobre uma das ONGs.

Fonte: Jornal do Commercio - 12 JUL 07

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