Sexta, 19 Abril 2024

SÃO PAULO – Pela primeira vez desde que soube do indiciamento de Genival Inácio da Silva, Vavá, por tráfico de influência e exploração de prestígio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem o irmão mais velho, dizendo que ele está mais para “ingênuo” que para lobista. Comparando Vavá a um “lambari” que teria sido pego em meio a um “cardume de pintados” durante as investigações da Polícia Federal, Lula disse que duvida de qualquer participação do irmão em tráfico de influência e intermediação de favores junto ao governo.

“O Vavá me parece mais um lambari, que foi pego. É um lambari especial, porque é irmão do presidente da República”, afirmou Lula, que participou ontem à noite do Congresso Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo.

Lula evitou confirmar que tivesse recebido com antecedência alguma informação sobre o envolvimento do nome de seu irmão nas investigações sobre a máfia dos caça-níqueis conduzidas na Operação Xeque-Mate.

Indagado sobre o telefonema dado por seu outro irmão, José Ferreira da Silva, Frei Chico – que reconheceu ter sido o autor da ligação –, a Vavá, o presidente disse que espera que ambos conversem sempre. “Eu acho que Frei Chico conversou com o Vavá. Eu quero mais é que conversem. Eles são irmãos e têm que conversar antes, durante e depois.”

O presidente admitiu que o tema da intermediação de favores junto ao governo já apareceu nas conversas familiares. Questionado se já tinha chamado a atenção de Vavá sobre o assunto, o presidente respondeu: “Muitas vezes”.

Ele lembrou de uma ocasião em que uma empresa pediu a um parente que intermediasse um encontro. Lula assegurou que orientou o familiar a recomendar que os empresários buscassem os ministérios responsáveis.

“Duvido que tenha alguma coisa do Vavá, não nesses dois anos, mas nesses quatro anos e meio em que ele tenha sido atendido. Não existe favor nem a irmãos, nem a amigos, nem a adversários.”

O outro irmão de Lula apanhado nos grampos da PF, Frei Chico, foi internado às 23h40 de anteontem no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo, acometido de “mal súbito”, segundo seu advogado, Iberê Bandeira de Mello.

Com histórico de dois infartos, Frei Chico alertou Vavá sobre reprimenda que levaria do irmão-presidente, por causa de suas investidas em ministérios. Ele foi liberado por volta das 17h30 de ontem e seguiu para casa, depois de fazer vários exames. Ele reconheceu também que “pode ter feito a ligação” que o grampo pegou. “Eu converso muito com todos os meus irmãos”, afirmou o irmão do presidente.

Fonte: Jornal do Commercio - 13 JUN 07

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