Sexta, 22 Novembro 2024

Segundo a Constituição Federal, as crianças devem ser prioridade absoluta da nação e as primeiras a serem atendidas pelas políticas públicas. No entanto, em meio a uma das maiores secas da história, milhares de crianças têm sido prejudicadas pela crise de abastecimento de água que afeta diversas regiões do país.

Por isso, a Pública lança em parceria com o projeto Prioridade Absoluta, do Instituto Alana, seu 5º concurso de microbolsas para reportagens. Serão distribuídas cinco microbolsas de 5 mil reais para repórteres independentes produzirem matérias investigativas sobre o tema Criança e água. “Queremos, mais uma vez, permitir que repórteres publiquem histórias que não estão sendo contadas”, diz Natalia Viana, codiretora da Pública.  “Muitos repórteres acompanham de perto as violações aos direitos humanos que estão ocorrendo com a crise hídrica, mas nem sempre eles têm o apoio, tempo ou o espaço necessário nas suas redações para investigarem a fundo”.

As inscrições vão de 15 de abril até 15 de maio e podem ser feitas através deste formulário:http://goo.gl/aMZET4.

Os repórteres que se inscreverem devem apresentar a proposta de pauta, pesquisa inicial e plano de trabalho. As pautas vencedoras serão selecionadas pela Agência Pública e pelo Instituto Alana e anunciadas no dia 21 de maio. O trabalho de mentoria e edição das reportagens levará dois meses, e será feito exclusivamente pela Agência Pública, garantindo independência e qualidade editorial.

“Nosso objetivo é incentivar a produção de conteúdo jornalístico de alta qualidade, que trate da crise hídrica sob a ótica dos direitos das crianças, que devem ser garantidos com prioridade absoluta”, esclarece Guilherme Perisse, advogado do Alana. “Há muitas histórias envolvidas na questão da água”, completa Natalia. “Temas como enchentes, falta de saneamento básico e má qualidade também devem ser contemplados”.

Leia o Regulamento do Concurso de Microbolsas de Reportagem “Criança e Água” 

Desde 20112 a Pública promove concursos de microbolsas para repórteres independentes. O projeto tem como objetivo fomentar o jornalismo independente e investigativo no país, apoiando repórteres que nem sempre encontram espaço nas redações para reportagens aprofundadas. Ao longo de dois meses, as editoras trabalham junto com o repórter, dando apoio e orientando sobre os melhores caminhos da investigação.

Ao todo, as quatro edições anteriores distribuíram 68 mil reais em microbolsas e financiaram 16 reportagens.

Três reportagens realizadas através do projeto foram premiadas: “Severinas”, minidocumentário de Eliza Capai foi finalista do Prêmio Gabriel Garcia Marques 2014; “Cadeias Indígenas na Ditadura”, reportagem de André Campos, foi finalista do Prêmio Iberoamericano de Periodismo 2014; e “Jovens negros na mira de grupos de Extermínio na Bahia”, de Lena Azevedo, recebeu menção honrosa no Prêmio Abdias do Nascimento 2013. Fonte: apublica.org

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