Sexta, 22 Novembro 2024

A produção de café gera uma grande quantidade de água residuais, geralmente jogada sem tratamento nos rios, afetando a fauna e a flora, e comunidades no entorno. Outro desafio é a eliminação dos resíduos orgânicos de alta toxidade, que afetam o solo e geram quantidades consideráveis de gases, particularmente o metano, contribuindo fortemente para as mudanças climáticas.

O projeto Energia da Água Residuais do Processamento do Café, criado pela UTZ Cetified, mostrou que é possível gerar energia tratando os resíduos sólidos e protegendo os recursos hídricos e o meio ambiente. Criado em 2010, o projeto vem sendo implementado com sucesso na região da América Central.

 O diretor executivo da UZT, Han De Groot diz que a produção de café só é ambientalmente sustentável quando a água é usada de forma eficiente e a água poluída do processamento é tratada. “Os ecossistemas locais não têm capacidade de processar as grandes quantidades de fluidos contaminados e as comunidades rurais e a produção de café dependem, invariavelmente, de um suprimento disponível de água limpa. Assim, se é preciso abordar o fato do café produzido de uma maneira sustentável, então a água residual deve ser tratada ao ser liberada no meio ambiente", conclui.

O sistema de tratamento de águas residuais do processamento do café e mecanismos de tratamento de resíduos sólidos foi instalado pela UTZ em dezenove fazendas de café na Nicarágua, Honduras e na Guatemala. Os resultados promoveram desde a prevenção do desmatamento local, com preservação de árvores nativas, a melhoria dos ambientes no interior das residências para as famílias, que substituíram a lenha por fogões a gás para uso e consumo. O projeto teve impacto positivo em mais de 5.000 pessoas na região e inspirou a agência de sustentabilidade a reproduzir a iniciativa em outros países..

Na América Latina, a tecnologia está chegando ao Brasil e ao Peru. A região produz cerca de 70% do café do mundo e 31% dos recursos hídricos do mundo estão localizadas no continente.

A UTZ espera conseguir mais fundos e apoio do setor para reproduzir a iniciativa na África e na Ásia.

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