A realização de um estudo de impacto ambiental antes da ampliação da pista do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), tornou-se um novo impasse para as obras.
O Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente), do Ministério Público, e a Associação de Moradores do Jardim Aeroporto querem uma EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental - Relatório de Impacto Ambiental). Mas o governo do Estado diz que apenas um RRA (Relatório de Regularização Ambiental) é suficiente.
O EIA-Rima é considerado um estudo mais aprofundado e oferece também condições para a implantação das obras. Já o RRA é um estudo mais simples, segundo o promotor Cláudio José Batista Morelli, autor de uma ação que pede o fim das obras.
A alteração da pista é defendida pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Ribeirão para viabilizar a internacionalização do Leite Lopes, projeto que se arrasta há anos. Há quem defenda, porém, a escolha de outra área para receber um aeroporto desse porte.
Os moradores do bairro dizem que as obras vão invadir oito áreas verdes da região, de 113,5 mil m².
Outra ação da Promotoria pede a realização de novos estudos sobre a curva de ruído e o impacto de vizinhança. "As questões ambientais e urbanísticas estão interligadas. É uma área de alcance muito grande, com escolas, casas", afirmou Morelli.
O Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) informou que a análise das obras no âmbito do processo de regularização ambiental foi estabelecida pela Cetesb. Sobre a curva de ruído, disse que será deslocada para dentro do sítio aeroportuário, "não atingindo as moradias do entorno".