Causa grande repercussão mundial o fato de a Rússia ter acusado de pirataria e detido membros do Greenpeace que tentaram invadir plataforma de petróleo para alertar os riscos ambientais da atividade. Pelo menos dois países já se manifestaram "preocupação" de forma oficial: a Holanda cobra de Moscou uma explicação por ter apreendido a embarcação de bandeira holandesa (o Arctic Sunrise) sem qualquer tipo de comunicação e a Austrália expressou neste sábado "inquietação" com as acusações "muito graves" apresentadas por Moscou contra um de seus cidadãos, também em prisão provisória.
A Rússia acusa os 28 ativistas e dois jornalistas que estavam na embarcação de "pirataria em grupo organizado", crime que pode ser punido com pena de até 15 anos de prisão no país europeu.
Foto: AFP
O Arctic Sunrise está apreendido próximo a uma embarcação da guarda costeira russa
As autoridades holandesas e australianas exigem mais detalhes sobre o processo legal que está sendo instaurando contra os detidos. A ministra australiana Julie Bishop garante entender que os ativistas quebraram regras do território russo, mas deseja que eles tenham punições adequadas ao delito, sem exageros. Bishop acrescentou, ainda, que os prisioneiros estão sendo tratados de forma e em local adequados.
Por sua vez, o Greenpeace classifica a prisão como absurda e ultrajante. A organização convoca protestos neste sábado (05) por todo o mundo pela liberação dos ativistas. O dia de mobilização, previsto em 47 países, começou na Nova Zelândia, passou pela Rússia e deve chegar a Europa e Estados Unidos. Entre os 30 presos está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel.