Quinta, 21 Novembro 2024

Uma nova possibilidade para o tratamento de resíduos sólidos está sendo lançada para o setor portuário. Durante o Seminário Gestão Ambiental Portuária, realizado recentemente, em Brasília, foi apresentada a tecnologia de gaseificação a plasma, que trata os resíduos e pode gerar energia.

O processo foi apresentado por Gerson Foratto, diretor presidente da Deicmar/Hannover, empresa que fez o processo. Para tratar o resíduo é preciso montar uma usina, que é capaz de processar de 5 a 100 toneladas por dia. O material é aquecido de 1.500 a 5.000ºC e o gás liberado por gerar de 0,6 a 2,2 megawatts de energia.

Segundo Foratto, o processo gera matéria-prima que pode ser comercializável. “Ao final do processo ainda é possível fazer a inclusão de catadores de material reciclável e cooperativas”, sugeriu. Ele acrescenta que a técnica é ideal para os portos já que mostra-se eficaz para resíduos do tipo 1, que são os sólidos.

Foratto lembra que ainda há muito a fazer na área de tratamento de resíduos. “O tratamento do resíduo sólido sempre foi uma atribuição do município, mas nunca foi observada. Com a Lei de Resíduos Sólidos, eles estão começando a se preocupar com a questão, já que podem sofrer uma série de sanções políticas e financeiras. Os portos ainda estão muito atrasados nessa questão, eles sequer sabem a quantidade de resíduo produzida. Não dá para pensarmos no tratamento de resíduo sem entender que há a necessidade de mudar a forma como se trata o resíduo hoje”, explicou.

A primeira aplicação da tecnologia será feita na cidade de Mineiros, interior de Goiás. A previsão é de que a usina comece a funcionar no começo de 2012 e processe 50 toneladas de lixo urbano por dia e mais 25 toneladas retiradas do lixão. O lixo processado poderá ser vendido por R$ 30,00 a tonelada.

De acordo com Foratto, ainda não há portos interessados na tecnologia, mas a empresa está trabalhando na divulgação da tecnologia para que os administradores dos portos a conheçam.

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