Quem, na década de 1960, assistiu ao filme "Viagem Fantástica" pode ter concluído que uma equipe médica navegar no fluxo sanguíneo de um ser humano, para realizar uma cirurgia cardíaca para salvá-lo, não passava de uma simples ficção. Na projeção, um submarino é miniaturizado com a redução do espaço entre seus átomos e, com quatro cientistas a bordo, é injetado na veia do paciente. Nesse caso, a realidade impossível é que o peso do navio se manteria, mesmo reduzido à partícula: a massa que perde espaço molecular mantém o peso. O tempo para a equipe realizar a missão e voltar ao tamanho original é de uma hora. Eles retornam no prazo por meio de uma lágrima.
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O fim da raça humana?
Hoje já é realidade a produção de bilhões de robôs que caberiam em uma colher de chá e com peso desprezível para serem injetados em delicadas áreas no corpo humano – por exemplo, coração e cérebro – para aplicar medicamentos com extrema precisão ou trabalhar como uma equipe de nano cirurgiões. É a arte transformada em realidade. Nanotecnologia é um ramo da ciência que está tornando verdade muitas fantasias de anos atrás. Materiais como o grafeno vão possibilitar a realidade transcender muitas das nossas imaginações.
No Instituto Federal de Tecnologia Suíço (ETH Zurich), o engenheiro mecânico Brad Nelson e sua equipe vêm trabalhando há uma década em nanorobôs. Agora eles já pensam em grandes realizações: “Nós estamos construindo robôs microscópicos que são guiados por campos magnéticos gerados externamente e para serem aplicados no corpo humano.”