E a turbulência no espaço aéreo brasileiro prossegue. Na última semana, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, recebeu representantes da empresa sueca Saab, que é parceira no desenvolvimento do caça nacional Gripen NG com a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Nesta segunda-feira (29/01), o jornal Valor Econômico publicou entrevista longa com Michel Temer, que também jura de pé junto que o controle acionário da fabricante nacional não será colocado à mesa de negociação com a norte-americana Boeing. O que será, então? Isso é segredo de sete chaves, por enquanto. Com certeza, quem será surpreendido é a sociedade brasileira.
Representantes da Saab e do governo sueco sentam à mesa com o ministro da Defesa
para saber mais sobre a questão Embraer e Boeing. Foto: Tereza Sobreira/Ministério da Defesa
A preocupação sueca é o respeito ao compromisso contratual de manter o controle e o sigilo na transferência de tecnologia desenvolvida pela Saab, o que poderia estar em grande risco diante das conversações entre Embraer e a norte-americana Boeing. Segundo o ministro brasileiro para os representantes suecos, qualquer avanço nas tratativas entre as duas empresas e se alguma decisão vier a ser tomada, a Saab será informada previamente.
Fica a dúvida: os Estados Unidos deixariam a Boeing ser vendida para os chineses ou para a Coreia do Norte ou firmar qualquer tipo de parceria com eles?