O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, criticou a redução de apenas 1% da taxa de juros do Plano Safra 2017/2018. De acordo com o titular da pasta, causa estranheza que o anúncio do governo federal não contemple a realidade do crescimento de 8% da produção agropecuária do Brasil. “No ano passado, a taxa Selic era de 14,25%; não há como ignorar que atualmente esteja em 10,25% e pode ainda diminuir. A inflação era de 6,5%, com a previsão de chegar a 4,2%, portanto uma queda de 2,3 a 2,5% neste ano, com tendência declinante para 2018”, disse.
E prossegue: “Estarrece que o governo federal, ao definir os juros do Plano Safra, está falando no corte de apenas um ponto percentual para as linhas de crédito da agricultura empresarial e manteve os juros do Plano destinado à agricultura familiar. Na prática, isso significa aumentar relativamente os juros.”
Para Jardim, a diminuição dos juros deveria, ao menos, ser proporcional à queda da Selic, mantendo o diferencial em relação à taxa de inflação. “Isso para que não se veja como é, na realidade, um aumento da taxa de juros para um setor que está determinando o avanço da produção brasileira, sustentando a retomada do crescimento econômico. O governo precisa imediatamente pensar sobre isso e rever as taxas de juros do Plano Safra”, disse.