Em reunião no dia 26 de outubro último, lideranças dos portuários do País se reuniram com o interventor do fundo de pensão da categoria, o Portus, Luiz Gustavo da Cunha. O instituto está sob intervenção federal desde agosto de 2011.
O vice-presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP) e presidente do Sindicato dos Portuários da Administração de Santos (Sindaport), Everandy Cirino, em matéria divulgada na internet, disse que o interventor afirmou que as contas do Portus continuam no vermelho e que as dívidas de contribuições das empresas patrocinadoras, bem como do RTSA (Tempo de Serviço Anterior), estão sendo cobradas na Justiça. Ainda segundo a informação, o governo também está sendo cobrado por conta da dívida da extinta Portobrás.
O interventor expôs que o Portus deverá passar por um ajuste financeiro em breve, o que acarretará em aumento da contribuição mensal dos ativos e aposentados. Segundo Cunha, a despesa mensal do Instituto atualmente chega a aproximadamente R$ 17 milhões, enquanto que a receita não passa dos R$ 8 milhões. Ele ressaltou que atualmente o Portus tem R$ 160 milhões em liquidez (liquidez é a facilidade de converter o ativo em dinheiro, ou em outras palavras, um ativo com alta liquidez indica facilidade em vender o mesmo, caso precise do dinheiro de imediato).
Para o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra, a situação atual do Portus é crítica, porém, os trabalhadores devem continuar a luta pela recuperação do Portus. “Nós vamos continuar pressionando o interventor e o governo para que o Portus volte a atender as necessidades dos trabalhadores. A recuperação do Portus é umas das nossas principais bandeiras de luta e precisamos intensificar nossa mobilização. Se for preciso deflagrar uma greve geral para que nos atendam, faremos”, salientou Guterra. (Com informações da FNP e Sindaport).