No Brasil, a máxima "ricos ficam mais ricos e mercados cada vez mais concentrados e com maiores barreiras de entrada" é para valer mesmo. Sem piedade e dó. Vão de vento e popa as conversações entre governo e o grupo Rumo Logística para prorrogação do contrato atual; isso sem avançar nas discussões de novas concessões ferroviárias. A observação para tal sucesso é que isso é melhor que a estagnação.
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O fato é que um contrato previsto para findar em 2028 é espichado para 2058, sem licitação. Um belo presente de mais 30 anos. Não se pode acrescentar sequer uma vírgula na prorrogação para não alterar contrato em vigor; todavia, o investimento de R$ 8 bilhões prometidos pela concessionária pode passar de três anos para cinco anos.
A malha ferroviária em poder da Rumo é de 12 mil quilômetros, de Rondonópolis (MT) ao Porto de Santos (SP).