As especulações a cerca de um possível governo Temer, caso seja aprovado o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado, já causam furor nos aliados de sempre e de última hora.
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Repete-se, sem novidades, à exaustão e com os modelitos que já conhecemos, a disputa ferrenha por cargos, estejam eles em ministérios ou em autarquias. Notícias dão conta que a bancada do próprio PMDB na Câmara é uma das que mais causa estresse.
Entre os ministérios “encalhados”, dizem as más línguas que sobrevoam os corredores de Brasília, estaria a Secretaria de Portos (SEP). A pasta é qualificada de pouca importância ou de “xepa” no feirão ministerial. Outros dizem que o ministério criado pelo governo Lula em 2007 correria o risco mesmo de ser extinto.
O fato de uma inexorável mudança no poder, como um abalo sísmico, vai causar impactos políticos imediatos e econômicos também. Engana-se quem pensa que a economia tem armadura de ferro.
Como já dissemos aqui neste espaço, e a realidade nos prova a cada momento, tudo ou nada pode acontecer ou já aconteceu. Até a ameaça de substituição das atuais diretorias dos portos públicos mostra o tanto de instabilidade e desestruturação por que o País passa.
Esses tempos não passarão impunes. Que o Brasil sofra menos em termos de robustez do seu comércio exterior e que os portos não fiquem à deriva ou mesmo naufraguem nos próximos meses.