Em encontro, no dia 12 último, com os empresários de São Paulo, o ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Helder Barbalho, pediu para que o setor privado participe do leilão dos terminais nos portos de Santos (SP) e do Pará, programado ainda para este ano. “Os clientes que fazem a economia nacional estão demandando expansão na estratégia portuária para fazer fluir o escoamento da nossa produção. E o governo está construindo as condições para que esse investimento privado possa acontecer”, disse, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para um grupo empresarial bem seleto. Na sequência ao leilão do dia 9 de dezembro, o ministro informou, no primeiro semestre de 2016, a SEP estará atuando na licitação de 21 terminais, e no segundo semestre outros 41 terminais.
Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
O setor portuário está em absoluta curva crescente, disse ministro dos Portos na sede da Fiesp
Durante a reunião, o ministro reforçou os números do Plano de Investimento em Logística (PIL) do governo para o período 2015-2018. Do investimento de R$ 198 bilhões previsto para o Plano, R$ 37,4 bilhões devem ser destinados ao setor portuário.
Alguns empresários se queixaram do excesso de regulação pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo eles, a burocracia com aprovações de alguns projetos e processos trava a atividade do setor. Barbalho, no entanto, afirmou que a regulação excessiva pode ser positiva no que se refere à segurança do negócio.
“Se num primeiro momento, a demora para liberação deste leilão, por exemplo, e dos conceitos aprovados pelo TCU representou angústia, eu tenho certeza que, nesse momento, ela serve como tranquilizadora de que não vamos errar”, explicou o ministro ao se referir à atuação do TCU no próximo leilão como exemplo. E no caso da burocracia pela Antaq, Barbalho afirmou que a relação com a agência “hoje tem sido a melhor possível, todas as demandas estão tendo plena resposta”.
O titular da pasta afirmou que o setor portuário está em absoluta curva crescente. "Crescemos 4,8% no último ano, e as previsões desse ano são de ampliação desse crescimento."