O vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, em conversa com o Portogente, se disse “aliviado” com a eleição de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobrás. “Foi a solução menos pior”, observa, referindo-se aos outros nomes que estavam sendo ventilados para estar à frente da maior petrolífera brasileira. Segundo ele, a companhia só teria a perder se nomes como Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central, no governo Lula) e Rodolfo Landim (comandou a BR Distribuidora e lançou a OGX, do empresário Eike Batista) fossem aprovados pelo Conselho de Administração da empresa. “Bendine mostrou que é um administrador bom enquanto esteve à frente do Banco do Brasil”, observa.
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Para ele, o perfil ideal de um(a) presidente da Petrobras é reunir três características básicas. São elas: ter reputação ilibada, ser conhecedor da área e nacionalista. Siqueira alerta para o que ele define como “campanha” para desmoralizar a companhia para que ela deixe de ser a operadora única do petróleo no País. Tal pressão, explica, viria de um cartel internacional do “ouro negro”, que reúne grandes petrolíferas de outros países. “A indústria do petróleo tem dois focos de corrupção: o superfaturamento de custos de produção e a medição fraudulenta dessa mesma produção.” A Petrobras à frente da operação dificulta esses desvios, o que o cartel quer acabar.
Maior que tudo
Siqueira lamenta que a imprensa brasileira só tenha “olhos” para destacar os problemas, e não as glórias e vitórias da Petrobras – que detém uma das maiores reservas de petróleo, no mundo, de 74 bilhões de barris, sendo 60 bilhões só do pré-sal. Por isso, critica o engenheiro, não ficamos sabendo que a empresa recebeu, pela terceira vez, em 2015 (como em 1992 e 2001), o “Oscar” da indústria do petróleo, o OTC Distinguished Achievement Award, maior prêmio concedido a uma empresa de petróleo por seu desenvolvimento tecnológico. A honraria é concedida pelo comitê da Offshore Technology Conference de Houston, no Texas, Estados Unidos, em reconhecimento ao conjunto de tecnologias desenvolvidas para produção de petróleo e gás natural na camada do pré-sal.
Também não ficamos sabendo, com o devido destaque, que a Petrobras ganhou, em janeiro último, o prêmio máximo da Sociedade Mundial dos Engenheiros de Petróleo - Society of Petroleum Engineers – SPE. O prêmio Distinguished Lifetime Achievement Award 2014 é concedido a pessoas que deram uma contribuição excepcional para a indústria mundial de petróleo e gás.
“A competência da Petrobras supera todos os problemas”, ressalta Siqueira. E completa: “Somos excelência nesse setor.”
