Sábado, 04 Mai 2024

Milton Lourenço, presidente da Fiorde Logística Internacional, está pessimista quanto ao futuro das exportações brasileiras. Segundo ele, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ainda não divulgou os números de 2014, mas quem trabalha no ramo sabe que o processo de concentração das exportações brasileiras em poucos atores intensificou-se em 2014, seguindo um ritmo que já foi considerável em 2013, quando 1,3% das empresas tornaram-se responsáveis por 79% dos US$ 242 bilhões obtidos com vendas ao exterior. “Os dados mais recentes indicam que, nos últimos sete anos, mais de duas mil empresas abandonaram a atividade exportadora no Brasil: em 2007, 20,8 mil empresas exportaram, número que caiu para 18,8 mil em 2013.”

Lourenço diz que as causas de tal cenário vão desde o crescimento dos insumos e matérias-primas na pauta exportadora até um cenário de contração dos principais mercados mundiais, passando pela perda de competitividade da indústria nacional, já que as fábricas de produtos menos sofisticados não conseguem competir com os produtos chineses nem no mercado interno nem no externo. E afirma: “Um exemplo é o setor têxtil, que sofre concorrência desleal e predatória de produtos importados cujos fabricantes se valem em seus países, especialmente na Ásia, de subsídios e câmbio artificialmente baixo.”

Manobras contábeis
Ele pergunta: O que fazer? O próprio responde: “É preciso que o próximo governo deixe de lado essas manobras contábeis e assuma com um programa que inclua, entre suas prioridades, a ampliação do número de empresas exportadoras porque só assim o País poderá diversificar sua pauta.”

Para tanto, prossegue, terá de enfrentar os atuais “gargalos” que condenam o País a se tornar outra vez um reles fornecedor de matérias-primas, tal como era no tempo do Brasil-colônia. Entre esses “gargalos” que compõem o chamado custo Brasil, estão alguns que são sobejamente conhecidos, como a tributação excessiva, a deficiência de infraestrutura portuária e de transporte, a complexidade da legislação, a burocracia e a dificuldade de acesso a recursos financeiros que limitam a atuação das empresas exportadoras e daquelas que pretendem entrar ou voltar a atuar na área.

Para ele, para mudar a situação “um bom começo seria estender os subsídios que beneficiam o agronegócio para as indústrias que produzem manufaturados, acelerando as compensações de crédito do setor exportador, além de desonerar a folha de pagamentos das empresas, o que traria também alívio aos exportadores”.

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