Paira uma pergunta no ar com a convocação dos dirigentes de todos os portos para reunião com o ministro da Secretaria de Portos (SEP): se é para montar claque para a diplomação da presidente Dilma ou para Cesar Borges fazer sua despedida. Qualquer resposta leva a uma situação bem atual e aflitiva: politização dos portos. Tirar dirigentes do trabalho, com gastos astronômicos de viagem e hospedagem, para tratar de assuntos que não melhoram a eficiência e os custos portuários.
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SEP: sim ou não?
Mesmo nesse clima de mostrar a verdade cruel e repugnante da administração estatal, a SEP ousadamente propõe aumentar o número de indicações políticas nas administrações portuárias para implantar uma lei que tem como seu principal objetivo outorga de áreas portuárias. Mais claro impossível os resultados. Sob o aspecto político, o momento é demais impróprio para tomar decisões que criam novos pontos de discórdia com sindicatos e sinaliza para um modelo vinculado à corrupção.
Depois de um processo de concursos para admitir pessoal nas administrações dos portos, Dilma propõe reduzir a carreira profissional desse pessoal permitindo que indicados políticos entrem pela janela dessas empresas. Sem sombra de dúvida, essa decisão contribui para diminuir a confiança na sua gestão.