Andar em um automóvel cujo motorista é um computador de bordo há tempo já é uma realidade. Os conhecidos veículos exploradores da lua e os transportadores de contêineres no porto de Roterdam, apesar das suas particularidades em relação ao trânsito urbano, chegam aos seus destinos sem colisão e surpreendem. Mas, imaginar veículos circulando nas ruas sem motoristas, conduzido por voz e só com passageiros em seus assentos é um exercício de ficção científica.
No nível comercial e urbano, muita gente já conhece a possibilidade do comando robotizado pelas propagandas dos carros Ford com autoestacionamento comandado por um software. Em várias partes do mundo os fabricantes de carros correm atrás dessa tecnologia que vai fazer o automóvel com volante, acelerador e freio acionados por motorista peça de museu.
O carro da Google que antes era testado só em rodovias, agora vai rodar em ruas da cidade. Dispensa comentário sobre o aumento da complexidade para testar com mais exigência e rigor as possibilidades e deficiências dessa nova tecnologia, inclusive para atender às imposições legais.
Na opinião da Google, o automóvel autônomo supera os conduzidos por humanos. Ele demonstra reflexos mais eficientes ao acelerar e frear mais suavemente e mantém distâncias mais seguras dos outros carros. Afirmam que estão evitando colisões em menos tempo. Entretanto, não precisa ser um entendido no assunto para vislumbrar como a realidade mais próxima o trânsito desse veículos em rodovias inteligentes. Para o trânsito urbano, onde fluem muitas e diferentes emoções, a solução vai levar mais tempo.
Segundo MacLuhan, que estudou os meios de comunicação, efeitos da tecnologia se manifestam nas relações entre os sentidos e nas estruturas da percepção , num passo firme e sem qualquer resistência. Os automóveis se constituíram em extensões do seres humanos urbanos. Com certeza, para essas pessoas o carro autônomo vai tornar mais ágil a circulação nas cidades, reduzir acidentes e brigas no trânsito. Bem-vindo o carro inteligente.