Silenciem as máquinas. Todas. Desliguem as televisões, os telefones celulares, os computadores. Parem tudo o que estão fazendo. Vamos fechar para balanço. Se queremos o retrocesso intelectual, emocional, político e social, larguemos, também, as inovações tecnológicas, a ciência, o progresso social, enfim, voltemos para a caverna.
Nesta semana, mais um episódio nos leva a refletir onde a humanidade errou ou está errando para admitir tanta intolerância e tanta violência. Aqui no Brasil se quer o carro do ano, mas a mentalidade que desfila nos Citroens e Ferraris da vida é de escravocrata. Nunca se viajou tanto para outros países como agora, todavia, o que se traz de países europeus e da própria América Latina são apenas objetos comprados e não cultura, muito menos o “alargamento” intelectual e emocional. Nunca se tomou tanto vinho no País, mas apenas para ficar bêbado. Nunca se produziu tanta notícia, mas apenas para desinformar.
Que país é este que mantém um Bolsonaro no Parlamento apesar de ele ter ofendido toda a sociedade brasileira, ou melhor, a humanidade? Não apenas as mulheres foram ultrajadas com a incitação ao crime que ele fez ao dizer que não “estupraria” a deputada federal Maria do Rosário porque ela é feia, caso contrário, fica subentendido, praticaria esse crime hediondo. Como assim, deputado Jair Bolsonaro?
O recado foi dado de dentro do Congresso Nacional: as mulheres brasileiras estão em perigo. Onde estão os homens verdadeiros desse Parlamento que ainda não tomaram uma atitude? E cadê a Justiça brasileira que, além dos olhos vendados, parece que colocou vendas também na boca e nos ouvidos?
Pensando bem, podemos voltar para as cavernas, mas sem Bolsonaro.