O uso maior de energias renováveis no Brasil, como a solar e a eólica, e o aumento dos investimentos nesse segmento, trazem uma perspectiva positiva para a indústria de silicone industrial. O material é fundamental na construção das placas fotovoltaicas, utilizadas para captar a luz do sol e convertê-la para energia elétrica. Pela primeira vez no País, em novembro, a energia solar negociada em leilão se mostrou comercialmente viável, atraindo fabricantes de outros países.
A expectativa da Comissão Setorial de Silicones da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) é de que a demanda aumente entre 5% e 10% em três anos, puxada pelo setor de energias limpas no País. Esse é um mercado em desenvolvimento e que pode viabilizar a indústria local.
Nas placas fotovoltaicas, o silicone é usado como selante para vedação para proteção de todos os circuitos elétricos. No caso da energia eólica, o silicone é usado nas turbinas geradoras de na forma de adesivo, unindo as hélices ao suporte. O produto também funciona como vedante, melhorando a eficiência, durabilidade e desempenho de dispositivos de geração de energia em geral. Além disso, é empregado para lubrificação de alta performance.
“O silicone é um bom isolante elétrico, repele a água e é resistente a intempéries, características que tornam o material ideal para ser usado nas placas fotovoltaicas”, afirma Lucas Freire, coordenador da comissão da Abiquim.
Importante que o governo federal eleve sua atenção ao indicativo da Abiquim para futuras e fortes políticas públicas que incentivem a intensificação da produção e do uso das energias limpas, para que outros segmentos industriais nacionais tenham mercado para produzir e comercializar seus produtos. Outrossim, que tal iniciativa federal também se reflita em outros níveis de governo. Ganhamos todos: do meio ambiente à indústria brasileira.