Em meio a tantos escândalos envolvendo o nome da maior companhia petrolífera brasileira, a Petrobras, movimentos sociais reafirmam a campanha “O petróleo tem que ser nosso”. Segundo participantes da campanha, é hora de manter a cabeça erguida e avançar nas propostas do movimento.
O vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, juntamente com o conselheiro do Clube de Engenharia Paulo Metri defendem um conjunto de sete propostas, que são: convencer uma maioria parlamentar para aplicar um percentual de 80% do óleo-lucro para o governo, valor que é a média que recebem os países produtores, como Noruega e Angola; reduzir a terceirização de serviços na Petrobrás, que hoje já alcança 360 mil trabalhadores, foco constante de nepotismo e corrupção, com contratações duvidosas; não exportar petróleo bruto, mas derivados produzidos internamente; fim das nomeações políticas, com avanço da meritocracia; contrato de gestão entre o Governo e a Diretoria da Petrobrás, estipulando metas trienais; incentivar as empresas genuinamente nacionais, garantindo a elas acesso à tecnologia e prioridade de contratação; e não utilizar a Petrobrás como instrumento da política monetária.
Lava Jato
A posição do Portogente é clara desde o início: não somos contra a Petrobras nem queremos que o nosso petróleo (ainda mais com a descoberta do pré-sal!) saia das mãos do País. Queremos, sim, que a companhia seja passada a limpo. Por isso, a Polícia Federal - que está subordinada à Presidência da República, e tem o aval desta - está imbuída em descobrir todas as falcatruas que têm sangrado a empresa desde os tempos de 1999, passando por vários governos, inclusive os dois do governo Fernando Henrique Cardoso. A Operação Lava Jato, pelas últimas denúncias, começou a lavar quase todos os partidos, do PT ao tucano PSDB.