Sexta, 22 Novembro 2024

 

Os corredores de Brasília, mais precisamente os da Secretaria de Portos da Presidência da República, ficaram mudos nesta terça-feira (30/9). O motivo é o acerto final para a assinatura de acordo livrando o Grupo Libra Terminais de pagar o que realmente deve aos cofres públicos do Porto de Santos (litoral paulista). Ventila-se que tal crime será sacramentado no dia 6 de outubro. A pergunta que se faz é se a presidente Dilma Rousseff está preparada para ver mais um escândalo vir à tona no seu governo, depois o que envolveu a compra duvidosa de uma refinaria estadunidense, Pasadena, pela Petrobras.

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Se tal cenário for concretizado o será ao arrepio da lei e do bem público. A nebulosidade que envolve essa negociação, que se arrastou por mais de seis anos e que desprezou decisões judiciais já favoráveis à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), pode abalar a República.

O que está em jogo é a pressão de uma empresa privada, a Libra, contra uma administração pública, no caso a Codesp, para pagar bem menos o valor de uma dívida que contraiu ao não cumprir corretamente contrato de arrendamento no complexo portuário santista.

Nessa novela entrou muita gente, vários ministros que passaram na Secretaria de Portos, várias diretorias da Codesp, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Advocacia-Geral da União (AGU), até a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. As negociações sempre estiveram envolvidas em mistérios. A transparência, nesse caso, foi nula.

Assinada a negociata, perde o Brasil.

 

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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