O texto Eduardo Campos pode fazer de Suape o Porto do Brasil, publicado nesta coluna, em 9 de dezembro último, causou um bom frisson no mundo social digital. Afirmamos que o governador de Pernambuco – hoje na corrida presidencial – pode surpreender positivamente o setor portuário tupiniquim com um novo e arrojado modelo de porto, colocando Suape entre os mais modernos e avançados do mundo, deixando para trás “feras” do setor, como Santos (SP) e Paranaguá (PR), entre os portos públicos. Todavia, as opiniões diferem.
Foto: site Pragmatismo Político
Governador pernambucano de olho no futuro presidencial quer inscrever
entre os feitos como administrador e empreendedor público o Porto de Suape
O professor e ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lucio de Souza, entende que a previsão pode ser um pouco ufanista, e recomenda cautela. Pode ser. Tudo leva a crer, com o novo marco regulatório (12.815) do setor, que o jogo portuário será mais dinâmico com a chegada de muitos outros e novos atores à raia – em abril o governo já tinha quase 114 propostas de empresas para a construção de terminais de uso privativo (TUPs) fora dos portos organizados. Serão formados consórcios com gigantes internacionais.
Já o setor de logística de Pernambuco (@logisticaPernam) concorda com a nossa afirmativa, dizendo “claro que sim”, Suape será uma potência brasileira, por onde o comércio nacional e mundial passará sobejamente. Mas tem um porém. Sem aprofundar a disfarçada crítica, emenda afirmando que “falta vontade política e em alguns casos enxergar o óbvio”.
Importante saber como Suape se coloca diante de realidades, fatos, críticas e o futuro. E mais ainda: como o governador Eduardo Campos poderá usar e abusar dos avanços portuários de seu estado, para mostrar aos eleitores brasileiros do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente, que é um administrador público empreendedor e de sucesso. Se não foram tão valorizados pelo governo, com certeza os portos estarão nas próximas campanhas eleitorais.