Após 22 anos de operação no Porto de Santos (litoral paulista), a Deicmar – terminal especializado no atendimento a navios que operam no sistema roll-on-roll-off – pode perder o arrendamento com o fim do seu contrato, que ocorre em maio de 2014. A área – de 74 mil m² e 1 mil m² de armazém – será licitada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em condições que não agradaram a empresa, que tentou até suspender o processo, sem sucesso.
A intenção do governo brasileiro é reestruturar toda a região portuária do Saboó, incluindo o espaço ocupado pelo terminal, buscando otimização da infraestrutura local. Um novo terminal multipropósito com cais de 594 metros teria dois berços: um que poderá ser utilizado com exclusividade pela operadora que vencer a licitação e outro que seria compartilhado com outras empresas interessadas em movimentar cargas.
A Deicmar acredita que, dessa forma, o Governo Federal está negligenciando a operação de veículos e cargas rolantes (roll-on-roll-off), condenando esta atividade a ser somente parte de um terminal de contêineres.
Além disso, uma regra impede a empresa, assim como a Santos Brasil, de participar do leilão, caso não tome atitudes drásticas. O novo texto diz que o contrato não será assinado com empresas localizadas dentro ou fora do porto organizado que tenham instalações usadas prioritariamente na movimentação ou na armazenagem de cargas rolantes. Se a proponente quiser participar, terá de entregar suas áreas externas, como centro logístico e de armazenagem alfandegária.