Ainda que a categoria dos bancários tenha direito de realizar o movimento grevista, algumas ações precisam ser revistas. Não é mais possível que o único método de expor a insatisfação com o setor patronal seja deixar de atender os clientes. Até porque, os banqueiros não deixarão de receber o que lhe é de direito das contas e impostos cujos pagamentos serão postergados. É preciso rever esse procedimento de greve e adotar atitudes que lesem unicamente os grupos que controlam os principais bancos que operam no Brasil.
Da mesma forma, as agências bancárias precisam manter, com qualidade, a estrutura automática de atendimento ao cliente. Únicas opções para os usuários dos bancos em dias de greve, os caixas de auto atendimento e o sistema de Internet Banking vem apresentando várias falhas. É comum constatar lentidão no sistema online, caixas danificados, equipamentos em manutenção por longo tempo e falta de material para depósitos, entre outros fatores.
A greve dos bancários causa diversos problemas às empresas que dependem desse serviço, como a falta de pagamento a fornecedores e atrasos no repasse de tributos.
As principais reivindicações da categoria dos bancários são:
Reajuste salarial de 11,93%
- PLR: três salários mais R$ 5.553,15
- Piso: salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21)
- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: salário mínimo nacional (R$ 678)
- Emprego: fim das demissões em massa, ampliação das contratações, combate às terceirizações e contra o PL4330 (que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho), além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
- Fim das metas abusivas e assédio moral: a categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
- Mais segurança nas agências bancárias, com a proibição do porte de chaves de cofres e agências por bancários
- Igualdade de oportunidades, com contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.