Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM), Reginaldo Gonçalves, o transporte aéreo apresenta pontos de saturação em virtude da falta de investimentos e a necessidade destes é evidente, não pela carência de aeronaves, mas pela falta de estrutura dos grandes aeroportos para pousos e decolagens. “Atualmente, existe um problema sério, perigoso e preocupante nos pousos em grandes aeroportos porque muitos aviões são obrigados a taxiar até receber autorização para aterrissar.”
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Ele acredita que a privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, que ocorreu em 2012, deverá trazer investimentos privados de R$ 16 bilhões. E cita estudos efetuados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) que apontam que o caos vai se estender para o Aeroporto de Congonhas e até 2020 o Aeroporto de Viracopos deve estar saturado se não houver investimentos estruturais.
Por isso, complementa, a necessidade de investimentos de natureza privada, pelos estudos, deve chegar a R$ 30 bilhões até 2030. E que o país precisa crescer e o número de usuários de voos brasileiros ainda é pouco se comparado com passageiros de outras partes do mundo.
E compara: “O número de voos médios efetuados pelos americanos, atualmente, gira em torno de 2,17 por habitante enquanto que o dos brasileiros fica em 0,51 por habitante, um número ainda muito baixo e que poderá permitir crescimento na área se houver um aumento da renda.”