A Câmara dos Deputados será ocupada de forma diferente, nesta quarta-feira (6/02). É que os portuários brasileiros fazem plenária nacional, inclusive com a participação de parlamentares, para debater as mudanças na Medida Provisória (MP) 595, a MP dos Portos. E já vão apontar movimentos de paralisação para impedir a aprovação de matérias antipáticas aos trabalhadores.
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O movimento sindical dos portos nacionais, nos últimos dias, vem se reunindo com diferentes representantes de distintas colorações partidárias. Não importa se PSDB, PT, PMDB ou DEM, se Força Sindical, CUT ou outra central sindical, o objetivo a alcançar, já avisaram os trabalhadores, é impedir que mudanças propostas pela MP ou pelas mais de 600 emendas parlamentares precarizem prejudiquem a classe.
Os sindicalistas não aceitam a privatização “branca” dos portos, pois ela faria, advertem, com que eles caíssem nas mãos de grandes donos de navios (armadores) e operadores internacionais, que irão determinar preços e demandas.
Outro ponto desfavorável da MP é que ela permite, ainda segundo o ponto de vista trabalhista, a precarização do trabalho nos portos, já que órgãos privados não serão obrigados a contratar via Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra), o que vai resultar em perdas de direitos, salários menores para os trabalhadores, desemprego e prejuízos para todas as cidades portuárias.
A plenária dos portuários será no auditório Freitas Nobre, no Anexo IV, da Câmara dos Deputados, a partir das 10h.