Conforme antecipou Portogente, o superintendente jurídico da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Manuel Luís, não resistiu às denúncias de envolvimento na quadrilha que negociava pareceres técnicos, de acordo com as investigações da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, e foi exonerado da estatal. O afastamento de Manuel Luís foi cobrada pelos acionistas da Codesp, ainda em dezembro de 2012, quando a Operação foi divulgada pela imprensa nacional. O ex-superintendente esteve de férias no mês de janeiro e foi exonerado no retorno aos trabalhos.
Foto: Divulgação Polícia Federal
Operação mobilizou profissionais da PF em busca de irregularidades
Muita gente graúda do setor portuário está alerta com a possibilidade de perder os seus cargos devido às investigações da Polícia Federal. O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e ex-ministro dos Portos, Pedro Brito, está em posição desconfortável, afinal foi flagrado se referindo a empreendimento portuário como "nosso".
Brito ocupa cargo estratégico e não parece querer desperdiçar a oportunidade de comandar a Antaq no momento em que a Agência ganhará poder caso a maior parte da Medida Provisória (MP) 595 seja aprovada da forma que foi redigida.
Foto: Bruno Merlin/Arquivo Portogente
Brito, ainda enquanto ministro dos Portos, assina documento
ao lado do ex-presidente da Codesp, José Roberto Serra
É fundamental que as investigações tenham prosseguimento e os profissionais comprovadamente envolvidos com o esquema de pareces e licitações esquisitas nos portos brasileiros sejam afastados pelo bem da sociedade nacional.