São vários os estudos científicos sobre os impactos ambientais e sociais do material particulado da produção da cana de açúcar. Há legislação severa, no próprio Estado de São Paulo, que regula, sob o ponto de vista ambiental, a atividade do setor sucroalcooleiro. Segundo pesquisas, o material particulado do açúcar está associado aos resíduos de cinzas, fuligens e outros materiais. A inalação desta substância penetra nos pulmões e diminui a capacidade respiratória. O material particulado vem sendo bastante estudado e tido como um grande causador de problemas respiratórios.
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Em razão do grande potencial de crescimento do setor, segundo dados do governo estadual, em 2014 haverá cerca de 7 milhões de hectares de cana de açúcar plantada. Este crescimento na indústria sucroalcooleira, por sua vez, caminha lado a lado com a necessidade de adoção urgente de tecnologias que ajudem o setor a minimizar o impacto ambiental.
A Cosan, umas das maiores empresas do setor no mundo, com certeza sabe das suas obrigações legais, sociais e ambientais. Por isso, causa estranheza que o seu braço logístico, a Rumo Logística, construa uma cobertura para o terminal no cais santista sem a previsão de um sistema de filtragem e despoeiramento adequado na movimentação da carga.
Triste quando se vê o lucro mais uma vez estar acima da saúde humana. Aliás, em 2010, a Cosan foi incluída na “lista suja” do trabalho escravo, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.