Uma das principais carências do setor logístico no Brasil é a formação de engenheiros navais de qualidade. O País conta com dois cursos renomados e tradicionais de formação em nível de graduação: na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Algumas outras iniciativas incipientes estão sendo desenvolvidas nas federais de Pernambuco (UFPE), Pará (UFPA) e Rio Grande (Furg).
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A formação de um engenheiro naval requer extenso conhecimento técnico e téorico. Esse profissional é responsável pela construção e manutenção de embarcações, além de projetar toda a estrutura interna de navios e plataformas, executar o gerenciamento de transporte marítimo e fluvial e explorar recursos minerais nos oceanos. O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) prevê a criação de milhares de postos de trabalho para engenheiros navais nos próximos anos e os cursos de formação precisam acompanhar a demanda para que não se justifique a importação de mão de obra.
O aumento da quantidade de estaleiros atuando a todo vapor no Brasil exige maior quantidade de profissionais com visão global de todo o processo naval. Os interessados em se arriscar nos cursos de engenharia naval devem saber que irão encarar uma maratona de formação básica com muita física, matemática, computação e química e, posteriormente, terão que se especializar em hidrodinâmica.
Acompanhe a seguir um infográfico desenvolvido pelo Globo.com em 2010, quando o mercado da indústria naval constatou grande aquecimento.