Todos os profissionais que trabalham com logística estão cansados de ouvir ou dizer que o transporte hidroviário é seguro, barato e eficiente, entre outras vantagens. É, ainda, uma importante alternativa para os eternos congestionamentos nas rodovias brasileiras causados pelas grandes safras de grãos. No entanto, a maior parte das hidrovias e terminais fluviais continuam subutilizados.
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Os portos fluviais de Presidente Epitácio (SP) e Bataguassu (MS) têm excelente localização para o transporte de grãos provenientes do Mato Grosso do Sul. No entanto, estão praticamente sem operações.
Algumas empresas estudam explorar esta oportunidade. Na última semana, a Companhia Sul Americana de Comércio e Logística (Sacxlog), de Bataguassu, divulgou que pretende iniciar o transporte de grãos através da hidrovia Tietê-Paraná dentro de seis meses. A hidrovia convive com ociosidade há anos. A intenção também é utilizar os dois portos acima citados.
Como parte da iniciativa, a Empresa Gestora da Zona de Processamento de Exportação (Egezpe), que pertence ao mesmo grupo de investidores da Sacxlog, trabalhará como captadora de companhias interessadas, por meio da construção da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), prevista para ser inaugurada no final do próximo ano.
O transporte hidroviário deve ser visto com maior carinho por investidores e autoridades, afinal garante um impacto econômico importante para o País diante da redução do custo dos fretes. Será que o lobby rodoviarista continuará predominando por muito tempo?