Após desembarcar em Pernambuco em 1630, os holandeses criaram fortes laços com o Brasil. No setor portuário, mantêm vínculos empresariais com o Porto de Suape, no mesmo estado. Hoje, no entanto, a grande aposta do porto holandês de Roterdã fica mais ao Sul, no Espírito Santo. Em parceria com a empresa TPK Logística S.A., o Porto de Roterdã administrará um grande Terminal de Uso Privativo (TUP) que será construído em Presidente Kennedy.
Uma comitiva de holandeses esteve na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em Brasília, para apresentar o projeto portuário. Segundo o representante do Porto de Roterdã, Peter Lugthart, o empreendimento ficará em uma área que corresponde a 64% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, terá acesso a mais de 100 milhões de pessoas e aos principais campos de óleo e gás do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. A ideia é que o chamado Porto Central comece a operar em 2015, depois de passar por todos os trâmites burocráticos. O investimento será de cerca de R$ 4,8 bilhões.
Assim como nos demais portos brasileiros, a principal preocupação é na acessibilidade terrestre ao Porto. Entretanto, os holandeses estão confiantes de garantir tarifas competitivas aos futuros clientes.