O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda, Rio de Janeiro, ajuizou ação civil pública pedindo que a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) seja condenada a pagar R$ 87,1 milhões por danos ao meio ambiente e à saúde da população. A ação é referente ao uso de uma área no bairro de Volta Grande 4 para depósito de resíduos industriais sem as devidas proteções necessárias.
Segundo o MPF, estudos ambientais no bairro apontaram a contaminação do solo e das águas subterrâneas, que escoam para o Rio Paraíba do Sul. Foram detectadas substâncias tóxicas e cancerígenas como bifenilas policloradas, cromo, naftaleno, chumbo, benzeno, dioxinas, furanos e xilenos.
A ação do MPF pede, em caráter liminar, que seja concluída investigação da área contaminada e sua remediação, além da remoção dos resíduos perigosos e a realocação de 750 moradores para um loteamento em outro bairro.
A companhia alegou que nenhum estudo apontou risco real para a saúde dos moradores do bairro e que o trabalho desenvolvido pela empresa se pauta no princípio da ação preventiva e de diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).