Se arrasta sem qualquer definição o movimento pela construção de eclusas na hidrovia Teles Pires–Tapajós. Esse trecho hidroviário é fundamental para a competitividade da Amazônia Legal e das cargas com origem na região Centro-Oeste. Desde 2010, Portogente alerta com a publicação de uma série de textos para a ausência de eclusas na região onde estão sendo construídas as hidroelétricas de Santo Antonio e Jirau.
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O Movimento Pró-Logística de Mato Grosso protocolou na última terça (22) um documento na Câmara dos Deputados clamando pelas eclusas. Em meio à necessidade de geração de energia e de incentivar o transporte hidroviário, o Governo Federal se perde nas decisões que necessita tomar e na definição de uma política estratégica para o desenvolvimento do País.
O Movimento Pró-Logística (iniciativa de 15 entidades do setor produtivo mato-grossense) aponta no relatório protocolado na Câmara que a região norte, área de abrangência da hidrovia Teles Pires-Tapajós, tem previsão de dobrar a produção de grãos nos próximos 20 anos, passando dos atuais 18 milhões de toneladas para 36 milhões, aproveitando as áreas de pastagens degradadas.
Usina hidrelétrica Teles Pires está na divisa
dos estados do Mato Grosso e do Pará
“Precisamos de hidrovia. Ela tornará o estado mais competitivo, e trará uma economia de R$ 8 a R$ 10, por saca, ao produtor, o que é bom não apenas para ele, mas para toda a economia do estado. Temos hoje o frete mais caro do mundo”, afirmou o presidente do Movimento e da Aprosoja, Carlos Fávaro, durante a audiência pública.