Sábado, 04 Mai 2024

Em julho de 2011, o jornalista e ex-presidente da Embratur no governo Sarney, João Dória Jr., reclamava que o Ministério do Turismo necessitava de um técnico ou de um gestor público que conhecesse, de fato, o setor. Ele justificava que a área mais importante neste momento para o País, que vai sediar os jogos olímpicos e a Copa do Mundo, precisaria ter o mais competente dos ministros. Alguns meses após, o então ministro Pedro Novais caiu. No entanto, as esperanças de Dória de ter um bom gestor à frente do MTur caíram por terra. Saiu o afilhado de Sarney, entrou novo afilhado de Sarney, Gastão Vieira, também sem qualquer experiência ou atuação em Turismo.

Gastão Vieira já era nacionalmente conhecido por figurar na lista de presentes do empreiteiro paraibano Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, pivô do esquema de desvio de dinheiro público desmantelado em maio de 2007 pela Operação Navalha da Polícia Federal. Também correu pelo Brasil que Vieira, quando secretário de Educação do Maranhão, prometeu que a capital maranhense, São Luís, teria o melhor ensino do País. Pelo jeito promessa não é dívida.

Na pasta do Turismo, Gastão Vieira também promete. No entanto, os números não mentem sua atuação tímida à frente do MTur. Até dezembro último, a pasta chefiada por Gastão Vieira só utilizou 0,16% dos recursos autorizados para a pasta em 2011.

Estranho, portanto, ler o ministro Gastão Vieira, em artigo no jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (2), apontando “saídas” para o Turismo nacional com a dinamização do mercado interno, priorizando o investimento público, sem que saibamos do programa estratégico, com começo, meio e fim, e quais políticas públicas serão elaboradas e implantadas pela sua pasta.

Os países que investiram estrategicamente no Turismo, como Espanha, França e outros países da Europa, por exemplo, tiveram e têm retornos importantes. No Brasil, no entanto, não conseguimos implantar nem a sinalização turística. Como observa João Dória Jr., “o turista estrangeiro fica perdido no Brasil por causa da péssima ou falta da sinalização em diferentes idiomas, principalmente no idioma internacional do turismo, que é o inglês”. E até um simples curso online o Ministério não consegue manter com regularidade e qualidade em seu site.

Infelizmente, o Brasil não verá este e outros problemas do setor resolvidos tão cedo enquanto o Ministério do Turismo estiver classificado apenas como uma “moeda” de acerto de contas político-partidárias, sem o devido vínculo com os resultados.

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