O presidente do Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Imbituba (Santa Catarina), Gilberto Barreto, em boa conversa com a jornalista Vera Gasparetto, falou sobre a questão ambiental nos portos.
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“Nós temos as mesmas equipes com as quais trabalhamos há anos, que tem um procedimento e entendimento consolidado. O que falta muitas vezes na área federal é que se pense como país. Qual o pensamento do país e deste governo? Qual é o CNPJ?”
Para ele, a impressão que se tem quando se entra num órgão federal é que não conta o CNPJ, mas o CPF de cada um. “Cada pessoa interpreta da sua maneira e faz valer institucionalmente o seu pensamento, não o pensamento do país e o pensamento técnico”.
Gilberto Barreto clama para que esses órgãos sejam melhores estruturados e com boa orientação. “Não falo em excluir o político da gestão, mas não pode a decisão política interferir na área técnica. Nem podemos dispensar o licenciamento e a cautela ambiental, pois o planeta já não nos aguenta. Precisa ter compromisso com as novas gerações, mas não podemos interromper tudo por causa de uma dragagem”.
Ele defende que se tenha uma espécie de manual de procedimentos melhor elaborado no que diz respeito aos padrões mínimos exigidos em cada projeto, porque a engenharia está aí e os investimentos também “Mas precisamos saber o que a autoridade federal quer, coisa que a gente normalmente não sabe”.