Ano após ano, o estado de Minas Gerais lidera as estatísticas de acidentes e de mortes nas rodovias brasileiras. Também pudera: abrigando a maior malha rodoviária do País, o estado ocupa apenas o 13º lugar no ranking de investimentos por quilômetro do Governo Federal entre 2003 e 2010, segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Nem mesmo a cadeira que o presidente da CNT, o mineiro Clésio Andrade (PR), passou a ocupar no Senado Federal em janeiro deste ano deu jeito na situação. A atuação de Andrade em relação ao setor de transportes, inclusive, deixa a desejar.
Internautas mineiros demonstraram revolta com a situação das estradas de Minas Gerais em reportagem publicada pelo jornal Estado de Minas nesta terça-feira (13). A maior parte deles culpam a falta de entedimento entre os governos do Estado (PSDB) e o Federal (PT). Os internautas criticam a concentração de investimentos no eixo Rio-São Paulo, sobrando críticas até para o Acre, estado que, proporcionalmente, mais recebeu recursos da União entre 2003 e 2010.
As BR-040, entre a capital Belo Horizonte e a cidade de Lafaiete, e BR-381, entre BH e Valadares, estão entre os trechos mais precários e perigosos do Brasil. A CNT aponta que foram 4.780 mortos nas rodovias de Minas entre 2007 e 2010, uma média de 1.195 por ano. No mesmo período, as estradas locais registraram nada menos do que 95.456 acidentes, média de 23.864 por ano.
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Reportagem do Jornal Nacional, em agosto, mostrou precariedade das estradas de Minas Gerais