Quinta, 25 Abril 2024

O alto preço do combustível no Brasil, que representa cerca de 45% dos custos operacionais de uma empresa de carga aérea, e a (falta de) infraestrutura dos aeroportos nacionais são os dois motivos que tiram o sono do sócio-fundador da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman. Segundo ele, “tudo no Brasil é pelo menos duas vezes mais caro do que nos Estados Unidos”, país onde ele iniciou a carreira como empreendedor de transporte aéreo.

* Aeroporto em risco
* Azul aposta em tecnologia e anuncia TV em todos os aviões
* Infraero como fiel depositária da Receita Federal agiliza desembaraço de cargas

Neeleman palestrou no dia 19 último, na Campus Party, em São Paulo, e falou muito de tecnologia, o tema central do evento. Mas não deixou de criticar o fato de o combustível em território brasileiro custar até 50% mais do que em países com aviação bem desenvolvida, como os Estados Unidos. Ele reclama que há poucas empresas concorrendo nesse mercado e da cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível. A insatisfação dele vai além e diz respeito ao ICMS ser cobrado percentualmente e não de forma fixa, ou seja, quando o combustível sobe, o imposto pago sobe também.

Na avaliação do fundador da Azul, a Infraero, que administra os aeroportos brasileiros, tem bom corpo técnico, mas está amarrada pelos demais órgãos do governo. “Não sei quem criou o TCU (Tribunal de Contas da União)”, disparou. A reclamação dele tem como pano de fundo a paralisação da construção dos aeroportos de Vitória e Goiânia, que consumiram milhões de reais, mas já têm a estrutura comprometida devido ao longo período de inatividade.

Outra crítica realizada por Neeleman é referente aos financiamentos de grandes projetos no Brasil. “Financiamentos dos governos da França e da Itália, por exemplo, foram fáceis. Mas no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ouvimos que só haveria financiamento na fabricação de aviões para exportação”. Ele conta que demorou mais de um ano para convencer o BNDES de que era mais rentável para o País financiar a compra de aviões e mantê-los em território nacional, gerando empregos e riquezas para a população brasileira. O comandante da Azul espera que essas arestas sejam aparadas para a companhia seguir crescendo e garantir preços justos para as pessoas viajarem mais de avião.

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