Não é nada boa a situação dos empresários e dos motoristas que escoam cargas rumo ao Porto de Santos por meio da Via Anchieta. Tudo por conta das dificuldades logísticas que a rodovia apresenta. Estreita e com apenas duas pistas, ela é usada tanto por caminhões quanto por ônibus e veículos de passeio. Os números provam que a situação está difícil e já passou da hora de se resolver o imbróglio.
De acordo com dados da Comissão Técnica de Logística do Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), a Rodovia Anchieta recebia 2.987 veículos pesados por dia no ano 2000. Uma década depois, a média pulou para 9.301 veículos de carga pesada, um crescimento impressionante de 211%. Salto similar foi registrado nos veículos de passeio. Eram 6.803 por dia em 2000. Hoje são 15.827, aumento de 132%.
O coordenador de Logística do Ciesp de Cubatão, Ângelo Carmo Resende, vai direto ao ponto. “A estrutura logística não atende ao crescimento do Porto de Santos e do Polo Industrial de Cubatão. Os congestionamentos afetam todos na cadeia logística e a qualidade de vida de quem mora na Baixada Santista.”
Será que os novos governantes que assumem seus cargos no próximo sábado (1º) finalmente resolverão problemas como este? Ou o acesso rodoviário ao maior porto do Brasil seguirá sendo feito apenas por uma pista de uma rodovia com 60 anos de história e encravada na Serra do Mar?
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