O presidente da Libra Terminais, Gustavo Pecly, avalia que o escoamento de cargas por navegação fluvial na Baixada Santista não está perto de sair do papel. A perspectiva da utilização em massa da bacia hidroviária nos arredores do Porto de Santos é uma das soluções estudadas para diminuir o tráfego de caminhões na região. Segundo Pecly, o transporte via balsas e barcaças precisa resultar em comprovada viabilidade financeira para ser utilizado.
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Ele reconhece que é preciso diminuir, urgentemente, a concentração do uso do modal rodoviário no Porto de Santos. A ferrovia, outro modal que poderá desafogar as operações nas rodovias, tem participação para lá de tímida na chegada de contêineres aos terminais da Libra: fica ao redor de 2%.
Pecly acredita que o transporte aquaviário seja forte no futuro do porto santista, mas por ora considera ser imprescindível encontrar soluções econômicas que diminuam a burocracia e os custos da transferência de cargas entre os vários modais – rodoviário, ferroviário e aquaviário. “Isso agrega uma movimentação que gera custos adicionais, e eles precisarão ser reduzidos por meio de volume [de mercadorias transportadas]”.