Domingo, 24 Novembro 2024

A Bahia é, sem dúvida alguma, um dos estados mais importantes do País. Por isso mesmo, não pode se sujeitar a ser palco de uma série de mandos e desmandos no setor portuário como os que ocorrem hoje. Ninguém se entende quando o assunto é a expansão do Porto de Salvador. O Porto de Ilhéus agoniza a espera de dias melhores ou de sua extinção. Aratu, por sua vez, é a eterna promessa que não se traduziu em plena realidade até hoje.

 

Mesmo assim, o que não faltam são projetos e órgãos públicos chamando para si a tarefa de modernizar os portos da Bahia. O problema é que nem Codeba, tampouco o Governo do Estado e a recém-criada Secretaria Estadual de Indústria Naval e Portuária, assumem a responsabilidade por anos de tempo e dinheiro jogados pelo ralo. Enquanto isso, a fuga de cargas nos portos baianos já deixou de ser um efeito passageiro e virou rotina. Uma dura rotina.

 

Na recentíssima pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), o Porto de Salvador acabou taxado como o pior entre os principais complexos do Brasil quanto à infraestrutura oferecida às empresas nacionais e estrangeiras. No porto da capital, o movimento de embarcações está em queda. Notícias como essas fizeram a Associação dos Usuários dos Portos da Bahia (Usuport) bater o pé pelo fim do monopólio da Wilson,Sons na administração do Tecon Salvador.

 

Porém, a solução encontrada em 2009 foi manter o Tecon com a Wilson,Sons e construir um berço público de contêineres. Todavia, sabe-se lá quando isso estará pronto. No meio, ainda surge a Secretaria Estadual de Indústria Naval e Portuária. Criada para acelerar o desenvolvimento na Bahia. Resta saber se, na prática, ela não será mais um órgão público atrapalhando o já tumultuado cenário portuário baiano, um triste símbolo dos mandos e desmandos nos portos brasileiros.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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