2010 começa com problemas antigos. É o caso da tão (mal) falada logística! A Associação Brasileira dos Exportadores de Cereais (Anec) já prevê tempos difíceis para o setor por causa dos altos custos do frete no Brasil. A expectativa é que a safra 2009/2010 de milho e soja seja 5% maior que a última safra, mas tudo pode estar comprometido, em termos de competitividade dos grãos brasileiros, por causa da logística ainda capenga no País (apesar de todas as obras do PAC que se vêm fazendo nos últimos meses).
A Anec observa que boa parte dos grãos é transportada, ainda, por rodovia, que tem um custo, como já se disse, alto.
Os números da Associação, divulgados no Canal Rural: “entre janeiro e novembro do ano passado, o valor médio ao produtor de soja e milho ficou em US$ 399 por tonelada no Brasil, na Argentina e nos Estados. Mas, para os brasileiros, a despesa com logística chegou a US$ 84 por tonelada. Bem acima de argentinos (US$ 23) e americanos (US$ 21). Ou seja, um custo quatro vezes maior”.
Hidrovia e ferrovia participam fragilmente, em todos os sentidos, tanto quantitativa como qualitativamente, no transporte de grãos e outros produtos no País.
Alguns acreditam que, por isso, o Ministério dos Transportes deveria ter outro nome: Ministério das Rodovias.