Há mais coisas no mar dos portos do Brasil do que frutos do mar e embarcações. As indefinições na atuação de algumas administrações das Companhias Docas sinalizam e denotam interferências indesejáveis e estas provocam distúrbios de gestão que certamente causam prejuízo ao bom funcionamento desses portos. Com portos prejudicados, perdem os exportadores e importadores. O País e seus cidadãos, portanto.
Não basta profissionalizar a direção das Companhias Docas, como propugna o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos. É preciso que estas sejam exercidas com autoridade, sem que o varejão de atendimento a interesses de grupos políticos - velho conhecido desde outras épocas - maniete os presidentes das Docas, impedindo a implantação dos planos que tais gestões, uma vez profissionalizadas, certamente promovem, caso tenham autonomia.
O Porto de Santos não pode parar. O Porto de Salvador precisa avançar. Pelos portos do Brasil entram e saem todas as nossas riquezas e não podem ficar sob influência de forças ocultas.