"Mais grave ainda que a fome aguda e total, devido às suas repercussões sociais e econômicas, é o fenômeno da fome crônica ou parcial, que corrói silenciosamente inúmeras populações do mundo". Josué de Castro, autor do livro “Geografia da Fome”
Cinco milhões de crianças, no mundo, a cada ano, morrem de fome. Mais de 20 milhões de crianças nascem com o peso abaixo dos padrões mínimos. Elas correm o risco de morte durante a infância. Dados relativos aos anos 2000-2002 revelam que 850 milhões de pessoas passam fome neste mundo. São 18 milhões a mais do que em 1992.
Essas informações fazem parte do relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), “Estado de Insegurança Alimentar no Mundo 2004”.
Há exatos 34 anos, as Nações Unidas, em Conferência Mundial sobre Alimentação, estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição”.
Como se faz para se ser livre da fome e da pobreza? Por que o mundo ainda não conseguiu dar um basta nesse flagelo que coloca toda a genialidade humana das descobertas e avanços tecnológicos no chinelo?
O Blog Dia-a-Dia deste PortoGente iniciou a semana falando sobre a pobreza no mundo porque participaremos do Dia da Ação nos Blogs, que é um evento anual não-lucrativo que tem como objetivo unir os blogueiros, podcasters e videocasters do mundo todo para postarem sobre o mesmo assunto no mesmo dia. Nesta quarta-feira (15), todos vamos escrever sobre a pobreza.
Você, leitor ou leitora deste Blog, pode nos ajudar a escrever uma grande mensagem contra a pobreza e a fome no mundo.
E podemos começar a nossa reflexão pensando na seguinte questão: Quem “inventou” a pobreza?
Ou, então, essa: Quem ganha com a pobreza alheia?
E mais uma: O mundo não tem dinheiro para acabar com a miséria ou só tem dinheiro para socorrer o capital financeiro, como o fez agora o governo americano, liberando, de uma tacada só, mais de 700 bilhões de dólares?