“No final do mês de abril, o setor portuário nacional recebeu uma notícia, no mínimo, alarmante. Dezoito pessoas, entre elas os dois últimos presidentes da Companhia Docas do Pará (CDP), Ademir Andrade e Erickson Rodrigues, foram presas em Belém, acusadas de peculato, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e formação de quadrilha”.
Esta notícia é de 2006. E marcou bem uma administração conturbada no porto paraense. Por isso, a expectativa era e é grande para os novos nomes que assumem a direção da companhia. E assumiram nesta terça-feira (18), depois que o Consad da CDP homologou a “chapa” apresentada pela Secretaria Especial de Portos e com a chancela (é o que sempre afirma o ministro Pedro Brito) do presidente Lula.
O Consad do Pará deu posse aos novos dirigentes da Cia. Docas do Pará (CDP). São eles: presidente, o engenheiro Luiz Fernando de Pádua Fonseca; diretora de Gestão Portuária, a engenheira Maria do Socorro Pirâmides; diretor Administrativo-financeiro, o administrador Olívio Antônio Palheta Gomes.
Pádua tem no seu currículo a diretoria de Infra-estrutura do DNIT, engenheiro de Portos e Vias Navegáveis e da Companhia Docas do Pará. Além de ter sido presidente do Conselho da Autoridade Portuária dos portos de Suape (PE), do Amazonas (AM), de Porto Velho (RO) e de Rio Grande do Sul (RS).
Já a engenheira Pirâmides Soares foi gerente de projetos do Ministério do Transportes, coordenadora de execução de recursos do BNDES e da diretoria de Transportes Coletivos da Companhia de Transportes de Belém.
O administrador Palheta Gomes é o único funcionário da CDP que vai ocupar um cargo na nova diretoria. Ele é graduado pelo Instituto de Estudos Superiores da Amazônia.