Quinta, 30 Janeiro 2025

O Portogente conferiu o que a IA chinesa projeta para Santos e outros portos brasileiros, logística etc.

Na semana em que o mundo fala maravilhas do chinês Deepseek (e nem descobriu ainda sua prima Janus) e os EUA acusam o golpe, o Portogente conferiu o que a IA chinesa projeta para Santos e outros portos brasileiros, logística etc. E ela ‘falou’ tanto que nem cabe tudo aqui: sintetizamos bastante, ‘esquecendo’ algumas obviedades diplomáticas...

deepseek
Chineses sintetizam a conversa numa imagem. Decifre...
Imagem: Deepseek - JanusPro.design (China)

Veja mais: Efeito DeepSeek: veja quanto os bilionários das Big Techs perderam no mercado de ações

Deepseek demarcou quatro temas:

1. “Aumento dos Investimentos Chineses: A China tem demonstrado interesse crescente em investir em infraestrutura na América do Sul, como parte de sua iniciativa "Belt and Road", incluindo portos, ferrovias, rodovias e outras infraestruturas logísticas que facilitem o comércio com a região.

2. “Intercâmbios Comerciais e Tecnológicos: A cooperação entre sul-americanos e a China pode se intensificar, com trocas de tecnologia e ‘know-how’ em áreas como gestão portuária, automação e sustentabilidade, ajudando a modernizar os portos da região, incluindo Santos.

3. “Projetos Binacionais e Multinacionais: Podem surgir projetos conjuntos entre sul-americanos e China, visando integração regional e criação de corredores logísticos Atlântico- Pacífico, incluindo ferrovias e rodovias para transportar cargas entre costas leste e oeste.

4. “Impacto Geopolítico: A presença chinesa na região pode alterar o equilíbrio geopolítico, com a China aumentando sua influência econômica e política na América do Sul. Isso pode levar a uma maior diversificação das parcerias comerciais da região, reduzindo a dependência tradicional dos mercados norte-americanos e europeus”.

Veja mais: DeepSeek sofre ciberataque e limita inscrição de novos usuários, após popularidade repentina

Deepseek fez quatro projeções para até 2030:

“1. Volume de Negócios

• “Crescimento Sustentado do Comércio Sino-Brasileiro: A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e essa relação deve continuar crescendo. Em 2022, esse comércio bilateral ultrapassou US$ 150 bilhões, com o Brasil exportando principalmente ‘commodities’ agrícolas e minerais. Em cinco anos, esse valor pode aumentar, especialmente com diversificação das exportações brasileiras e aumento na demanda chinesa por alimentos e recursos naturais.

• “Movimentação de Cargas: Santos já movimenta cerca de 140 milhões de t/ano, parte significativa relacionada ao comércio com a China. Com investimentos em infraestrutura e modernização do porto, pode aumentar o volume de cargas em 20-30% nos próximos cinco anos, dependendo das condições globais e da capacidade do porto de absorver maior demanda.

2. “Mudanças no Perfil de Negócios e Cargas

• “Diversificação: As exportações brasileiras para a China são dominadas por ‘commodities’ como soja, minério de ferro e petróleo. Nos próximos anos, acordos comerciais e investimentos em tecnologia podem elevar a exportação de produtos de maior valor agregado, como carnes processadas, celulose, alimentos industrializados.

• “Importações Chinesas: A China pode aumentar as exportações de manufaturados, como eletrônicos, máquinas, equipamentos de energia renovável (especialmente painéis solares e turbinas eólicas) e veículos elétricos. Isso pode alterar o perfil das cargas importadas via Santos, com maior movimentação de contêineres.

• “Investimentos: A China tem interesse em investir em portos brasileiros para garantir o fluxo eficiente de mercadorias. Santos pode receber investimentos chineses em modernização, automação e expansão de capacidade, para atrair mais negócios e aumentar a eficiência logística.

• “Integração: Com a construção do porto de Chancay no Peru, pode haver maior integração entre os portos das duas costas sulamericanas, desenvolvendo-se corredores logísticos ferroviários/rodoviários que conectem Santos a mercados asiáticos de forma mais eficiente, reduzindo custos e tempo de transporte.

3. “Fatores Externos

• “Crescimento Chinês: O ritmo de crescimento da economia chinesa será determinante. Se a China mantiver crescimento robusto, a demanda por ‘commodities’ brasileiras continuará alta. No entanto, uma desaceleração econômica na China pode impactar negativamente os volumes de comércio.

• “Sustentabilidade e Energia Renovável: A transição energética global pode influenciar o perfil das cargas. A China está investindo pesadamente em energias renováveis, o que pode aumentar a demanda por minérios brasileiros usados na produção de baterias (como níquel e lítio) e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

• “Acordos e Tarifas: Novos acordos comerciais Brasil/China, ou mudanças nas tarifas de importação/exportação, podem impactar diretamente os volumes e valores dos negócios.

4. “Estimativas de Valores

• “Exportações para a China: Se o comércio bilateral crescer a uma taxa média de 5-7% ao ano, as exportações brasileiras para a China podem atingir valores entre US$ 180 bilhões e US$ 200 bilhões até 2028.

“Movimentação: O Porto de Santos pode aumentar o volume de cargas para 160 a 180 milhões de toneladas/ano, com valor total movimentado superando US$ 100 bilhões anuais (exportações mais importações)”.

Veja mais: DeepSeek Janus-Pro-7B, otro modelo de IA multimodal, open source, que supera a DALL-E en creación de imágenes

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

Deixe sua opinião! Comente!