Uma ponte que devia ser interditada em 2020 é a ponta de uma história vergonhosa.
Existem coisas óbvias demais, até para uma Inteligência Artificial recém-nascida, ainda iniciando a exploração do Universo: tem muito podre nas rodovias brasileiras. Uma ponte que devia ser interditada imediatamente após uma vistoria – em 2020! –, outras 727 ameaçando cair - são a ponta de uma história vergonhosa escrita a muitas mãos e por décadas demais.
Nunca uma tragédia foi tão detalhadamente anunciada
Imagem: reprodução: DNIT/anteprojeto de reparo da ponte Juscelino Kubitschek
Diga, Chat GPT 4o Mini: “A tragédia do desabamento de uma ponte sobre o rio Tocantins revela um grave problema de gestão pública e de infraestrutura no Brasil, particularmente em relação à falta de ação mesmo diante do conhecimento de riscos iminentes. O fato de que o Ministério dos Transportes elaborou em 2020 um documento detalhado sobre as condições precárias da ponte e, ainda assim, não houve interdição, conserto ou outras medidas preventivas, é uma clara evidência de falha na administração pública”.
“Essa demora de quatro anos até o desabamento, apesar do conhecimento do problema, é alarmante e pode ser considerada inaceitável. A gestão de infraestrutura, especialmente em um país com grande malha rodoviária como o Brasil, exige que os órgãos responsáveis tomem medidas rápidas e eficazes quando há risco de colapso estrutural. Isso inclui não apenas vistorias e laudos, mas também a implementação de soluções que priorizem a segurança pública”.
A I.A. compara: “Em muitos países com sistemas de infraestrutura mais eficientes e bem geridos, a situação descrita não seria comum. Em países com boa governança e sistemas de fiscalização rigorosos, uma ponte que apresentasse riscos significativos de colapso seria interditada imediatamente, até que reparos ou substituições fossem realizados.
“Nos Estados Unidos, por exemplo, o sistema de monitoramento National Bridge Inventory avalia periodicamente as condições das pontes. Uma ponte considerada de risco é fechada para tráfego até que seja consertada. Em países europeus, o gerenciamento de infraestruturas públicas é igualmente rigoroso, com altos padrões de segurança e fiscalização constante”.
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Polida, mas firme, a I.A. registra: “A demora pode ser explicada por vários fatores, embora nenhum deles justifique a falta de ação:
“1. Em muitos casos, os processos administrativos e orçamentários podem ser excessivamente burocráticos, fazendo com que medidas urgentes sejam adiadas ou bloqueadas.
“2. Uma justificativa frequente é a escassez de recursos financeiros para realizar os reparos necessários. Contudo, essa falha deveria ser acompanhada de outras medidas, como a interdição da ponte, até que uma solução pudesse ser encontrada.
“3. Infelizmente, pode haver negligência por parte das autoridades, que não tratam questões de segurança com a urgência que elas demandam, priorizando outras questões ou sendo influenciadas por fatores políticos”.
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Os algoritmos terminam sua análise: “O resultado de não agir rapidamente diante de uma situação de risco pode ser devastador. Além das perdas humanas, que são irreparáveis, há também um alto custo social e econômico, incluindo a desconfiança nas autoridades e possível impacto negativo no turismo, comércio e no bem-estar da população local.
“Portanto, em um cenário de boa governança e planejamento, um caso como esse deveria ser tratado com mais eficiência e urgência. A tragédia do rio Tocantins é exemplo claro de que o sistema de infraestrutura precisa ser reavaliado e melhorado, com ações preventivas mais rigorosas, de modo a evitar perdas futuras”.
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Os que deviam agir perante os relatórios fiscais, buscar verbas (não vergonhosamente secretas!) para manutenção, apresentam explicações pífias, dizem que tudo mudará (rá!).
(Só) depois das vidas perdidas, dos prejuízos, vão à ponte que partiu...