Há estudos na Baixada Santista para implantação de retro áreas, integradas por meio do sistema hidroviário, visando otimizar a movimentação de cargas, especialmente de importação e exportação, para o Porto de Santos
O acordo sem a luz do sol necessária, entre o governo do Estado de São Paulo e a Ecovias, para assinatura de um Termo Aditivo Modificativo (TAM) para prorrogar a concessão do sistema Anchieta-Imigrantes até março de 2033, foi justificado por um monte de obras polêmicas, sem qualidade nem coerência com o fim alcançado. Assim, de forma despropositada e desalinhada, atropela o projeto Hidrovia da Baixada Santista
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A obra da ponte do Rio Casqueiro enterra de vez a perspectiva de uma hidrovia para viabilizar um excelente porto-indústria, mas que hoje vem se desenvolvendo precariamente utilizando o transporte rodoviário e acessos conflitantes com o fluxo urbano. Uma realidade incompatível com o principal porto do Hemisfério Sul e de uma região com a maior densidade universitária do Brasil. Por falta de políticas públicas competentes.
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Ficou muito bem demonstrado que o objetivo desse acordo ruidoso foi atender à renovação, sem licitação, da concessão do sistema de rodovias com o pedágio mais caro do Brasil. Os benefícios regionais são secundários nessa história, invertendo a relação dos fins justificarem os meios. Há muito, Portogente defende a necessária infraestrutura hidroviária para potencializar o draw-back no porto. Uma forma de baratear a fabricação com insumos importados, para exportação, e gerar riqueza e trabalho na região.
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Apesar de ter um potencial com mais de 100 km de vias navegáveis situadas no entorno do Porto de Santos, esse tema vem sendo tratado diferente de como foi nos portos do Hemisfério Norte. Os municípios e o Estado não demonstram visão para perceber essa modernidade. Santos tem a maior densidade acadêmica do Brasil. Da qual fazem parte as mais relevantes universidades públicas do País. Esse acordo polêmico com a Ecovias não pode ser tolerado, mesmo tendo o apoio animado de uns prefeitos do PSDB.
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O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) precisa retomar a liderança do movimento em defesa do projeto hidroviário do Porto de Santos. Apesar de hoje ameaçado, também, pela Ecovias, continuam existindo “os rios e cursos d´água na região, que são subutilizados ou desconsiderados e devem ser usados para a conexão com o porto de Santos e o consequente desenvolvimento de toda a baixada”.