Quantificar e mapear os impactos de inundações e alagamentos na mobilidade das pessoas no espaço urbano, analisando as vulnerabilidades das vias, é o foco do projeto que um grupo de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) vem desenvolvendo com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o Instituto de Pesquisas, Administração e Planejamento (Ipplan).
Além das pesquisas científicas, a proposta visa embasar estratégias de extensão e capacitar agentes multiplicadores ao tema mobilidade urbana sustentável, criando instrumentos de gestão participativa, produção de material educativo e capacitação comunitária.
O grupo de pesquisadores do Cemaden desenvolve estudos voltados aos impactos potenciais das inundações e alagamentos urbanos, analisando as vulnerabilidades das vias urbanas e rodovias, com bases na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e no Litoral Norte paulista.
Os problemas de mobilidade urbana estão entre as discussões de maior interesse em diversas agendas, incluindo a ambiental. Conforme o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, inundações bruscas (enxurradas) e graduais (enchentes) corresponderam a 50% das ocorrências de desastres naturais no País registradas nos últimos anos.
As ações para a redução dos impactos sociais e econômicos provocados pelos desastres naturais, bem como o aprimoramento do sistema de monitoramento e alertas do Cemaden, são as competências do Setor de Pesquisa da instituição.
Rodovias da Região Norte
O Cemaden vem desenvolvendo pesquisas com foco nas rodovias federais, em especial, nas áreas vulneráveis a inundações, que prejudicam o transporte de cargas e pessoas na Região Norte. Nessa linha, o Centro desenvolve estudos nas rodovias BR-364 e BR-425 – região abrangendo Acre e Rondônia –, visando à redução dos impactos sociais e econômicos causadas pelas cheias do Rio Madeira.
Esses estudos estão sendo feitos com os profissionais especializados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), de forma a aprimorar as estratégias das obras e infraestrutura das rodovias para enfrentar as cheias sazonais. Serão coletadas informações direcionadas a aprimorar o monitoramento das áreas vulneráveis na região, como, por exemplo, na contagem volumétrica de tráfego e pesquisas origem-destino.
As pesquisas abrangem diferentes tipologias de veículos – em escala municipal e/ou regional, por bacia hidrográfica – analisando a vulnerabilidade física das vias a fenômenos de alagamentos e inundações.
