Quinta, 28 Março 2024

O que há em comum entre um estádio de futebol lotado com mais de 60 mil pessoas e um polo industrial com empresas químicas e petroquímicas? Para um consórcio com mais de 40 pesquisadores brasileiros, alemães, austríacos e espanhóis, esses dois universos, aparentemente tão díspares, unem-se quando o assunto é risco: caso ocorra um desastre em um desses lugares, os danos são de proporções equivalentes.

Criar um sistema que possibilite uma ação rápida e eficiente no gerenciamento de crises em grandes eventos esportivos ou polos industriais – evitando mortes, danos materiais e ao meio ambiente – é o desafio científico e tecnológico que move esses pesquisadores. Eles estão desenvolvendo uma plataforma computacional inteligente chamada Rescuer, capaz de aliar informações provenientes da multidão via dispositivos móveis, como tablets e smartphones, com dados obtidos da defesa civil e bombeiros, a fim de construir um mapa da situação e possibilitar a tomada de decisões. A pesquisa também inclui a elaboração de estratégias para instruir a população que está em risco e direcionar corretamente as forças de resgate e combate.

“Em cada etapa do desenvolvimento dessa plataforma, há desafios diferentes”, explica a coordenadora do projeto na Europa, Karina Villela, do Instituto Fraunhofer de Engenharia de Software Experimental (IESE), da Alemanha. Segundo ela, as informações provenientes da multidão (crowdsourcing) podem ser captadas, em tempo real, por meio dos sensores disponíveis nos smartphones ou por meio de um aplicativo, que está sendo desenvolvido especialmente para ser usado em situações de emergência.

Na época em que aconteceu a Copa do Mundo de Futebol no Brasil, o protótipo do aplicativo foi testado com estudantes do campus da USP em São Carlos, com participantes do FIFA Fan Fest em Salvador e com torcedores que assistiam a um jogo da Alemanha no estádio Fritz-Walter, em Kaiserslautern. “O resultado da avaliação desse protótipo é valioso para que possamos aprimorar o aplicativo”, conta a professora Elisa Yumi Nakagawa, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, uma das nove instituições parceiras do projeto.

Nessa fase inicial de desenvolvimento, o aplicativo possibilita ao usuário selecionar uma das quatro opções disponíveis (fogo, explosão, pânico de massa ou outro) e alertar a respeito. Automaticamente, um mapa é exibido indicando a localização. Nesse mesmo mapa, o usuário pode usar uma seta para especificar o local exato onde está acontecendo a emergência. Depois, é hora de informar a gravidade da situação clicando em ícones. Por exemplo, no caso de um incêndio, pode ser escolhido um extintor (para uma situação menos grave), uma mangueira (situação um pouco mais grave) ou um carro de bombeiros (situação grave). A seguir, solicita-se ao usuário que informe se há pessoas feridas e descreva o fogo (informando a cor e a direção da fumaça). Por último, há a opção de enviar uma foto ou vídeo.

Diante de tantos desafios multidisciplinares, a previsão é de que o projeto seja finalizado no primeiro semestre de 2016. Financiada pela União Europeia e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa conta com mais sete instituições parceiras além do IESE e do ICMC: a Universidade Federal da Bahia (coordenadora do projeto do lado brasileiro); a Universidade Politécnica de Madri; o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari; as empresas MTM Tecnologia, Vomatec e FireServ; e o Centro de Pesquisa Alemão em Inteligência Artificial (DFKI). Fonte: Assessoria de Comunicação do ICMC/USP

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